4 de abril de 2012

Coluna: Das Páginas e Telas Para Você! [01] J.K Rowling


Oi Potterheads! Esse é meu primeiro poste, e nessa minha coluna irei contar toda a história da nossa saga favorita. Para começar é óbvio que iremos falar de Joanne Rowling né?!! Sem ela nada teria existido...devemos muito a ela.(~xD) OK, chega de papo porque esse post vai ser um pouco (muito ¬¬) maior que o normal... (começei bem hein...e.e), vamos conhecer a história da nossa rainha! JK Rowling!


"...O pouco tempo que não passávamos brigando, Di (irmã de Joanne) e eu éramos as melhores amigas. Eu contava-lhe uma porção de histórias e às vezes nem precisava sentar-me em cima dela para fazê-la ficar quieta e me escutar. Freqüentemente as histórias viravam brincadeiras em que representávamos os mesmos personagens. Eu era extremamente mandona quando dirigia estas longas peças, mas Di aceitava porque geralmente eu lhe dava os papéis de maior relevância.


Havia muitas crianças com a nossa idade morando em nossa nova rua, entre elas um irmão e uma irmã cujo sobrenome era Potter. Sempre gostei de seu nome, ao passo que o meu não me agradava muito; Rowling (a primeira sí­laba é pronunciada com ou e não com au) se prestava a brincadeiras aflitivas como “Rowling stone”, “Rowling pin” [rolo de amassar pastel] e assim por diante. De qualquer modo, o irmão surgiu depois na imprensa alegando “ser” Harry. Sua mãe também contou aos repórteres que ele e eu costumávamos nos vestir de bruxos. Nada disso é verdade; de fato tudo o que me lembro do garoto em questão é que ele andava numa “Chopper”, que era o tipo de bicicleta que todos queriam nos anos setenta, e que uma vez jogou uma pedra na Di, o que me fez golpeá-lo com força na cabeça com uma espada de plástico (eu era a única que podia jogar coisas na Di).


Gostei da escola em Winterbourne. Era um ambiente muito relaxante; lembro-me de muita atividade com cerâmica, desenho e escrita de estórias, o que era perfeito para mim. Contudo, meus pais sempre tinham abrigado o sonho de viver no campo e por volta do meu nono aniversário nos mudamos pela última vez, para Tutshill, um vilarejo na periferia de Chepstow, em Gales.


A mudança coincidiu quase exatamente com a morte de minha avó favorita, Kathleen, cujo nome adotei mais tarde quando precisei de uma inicial a mais. Sem dúvida esta primeira grande perda de minha vida influenciou meus sentimentos para com minha nova escola, que não me agradou nem um pouco. Sentávamos o dia todo em carteiras com tampos móveis, de frente para o quadro-negro. Havia tinteiros antigos colocados nas carteiras. Na minha havia um segundo buraco, que tinha sido escavado com a ponta de um compasso pelo garoto que sentara ali no ano anterior. Obviamente ele tinha trabalhado em silêncio e fora da vista da professora. Considerei um grande feito e me pus a trabalhar, alargando o buraco com meu próprio compasso, de modo que quando deixei a classe, seria possível introduzir confortavelmente o polegar nele.


Minha escola secundária, Wyedean, para onde fui quando tinha onze anos, foi o lugar em que conheci Sean Harris, a quem “A Câmara Secreta” é dedicado e que era o dono do Ford Anglia original. Foi o primeiro de meus amigos a aprender a dirigir, e aquele carro turquesa e branco significava LIBERDADE e não ter mais que pedir ao meu pai para me dar caronas, que é a pior coisa de se morar no campo quando se é adolescente. Algumas de minhas melhores lembranças de minha adolescência incluem sumir dentro da escuridão no carro de Sean. Ele foi a primeira pessoa com quem discuti realmente a minha séria ambição de ser uma escritora e foi também a única pessoa que achou que certamente teria sucesso nisso, o que significava muito mais para mim do que lhe contei na época.


A pior coisa que ocorreu na minha adolescência foi a descoberta da doença de minha mãe. Diagnosticaram que ela tinha esclerose múltipla, que é uma moléstia do sistema nervoso central, quando eu tinha quinze anos. Embora a maioria das pessoas com esclerose múltipla passe por perí­odos de remissão, quando a sua doença para de avançar por um tempo, ou até melhora, mamãe não teve sorte; do momento de seu diagnóstico em diante ela pareceu ficar lenta, mas persistentemente, pior. Acho que a maior parte das pessoas acredita, bem lá no fundo, que suas mães são indestrutí­veis; foi um choque terrí­vel saber que ela tinha uma doença incurável, mas mesmo então, não compreendi plenamente o que o diagnóstico poderia significar.


Terminei a escola em 1983 e fui estudar na Universidade de Exeter, na costa sul da Inglaterra. Estudei francês, o que foi um erro. Tinha sucumbido à pressão de meus pais para estudar lí­nguas modernas “úteis”, por oposição ao inglês “aonde-leva?” e realmente deveria ter mantido a minha posição. Pelo lado positivo, estudar francês significou que morei um ano em Paris como parte do meu curso.


Depois de deixar a universidade trabalhei em Londres; meu emprego mais duradouro foi com a Anistia Internacional, a organização que luta contra o desrespeito aos direitos humanos em todo o mundo. Mas em 1990, meu então namorado e eu decidimos nos instalar juntos em Manchester. Foi depois de um fim de semana de procura de apartamentos, quando viajava de volta a Londres sozinha e num trem lotado, que a idéia de Harry Potter simplesmente surgiu na minha cabeça.


Eu escrevera quase continuamente desde os seis anos, mas nunca tinha ficado tão excitada com uma idéia antes. Para minha imensa frustração, eu não tinha comigo uma caneta que funcionasse e era muito tí­mida para pedir uma emprestada a alguém. Penso, hoje em dia, que provavelmente isso foi uma coisa boa, porque eu simplesmente fiquei sentada pensando por quatro (o trem atrasou) horas e todos os detalhes se acumularam no meu cérebro e este garoto magrela, de cabelos negros e óculos, que não sabia que era um bruxo, tornou-se mais e mais real para mim. Creio que talvez, se eu tivesse tido que diminuir o ritmo das idéias para poder retê-las no papel, eu poderia ter abafado algumas delas (embora às vezes eu fique pensando, ociosamente, quanto do que imaginei naquela viagem eu já tinha esquecido no momento em que coloquei as mãos numa caneta).


Comecei a escrever “A Pedra Filosofal” naquela mesma noite, embora aquelas primeiras páginas não tenham mais nenhuma semelhança com nada do que acabou ficando no livro. Mudei-me para Manchester, levando o manuscrito que se avolumava, crescendo para todos os mais estranhos lados e incluindo idéias sobre o resto da passagem de Harry por Hogwarts, não só o seu primeiro ano. Então, em 30 de dezembro de 1990, aconteceu algo que mudou tanto o meu mundo como o de Harry para sempre: minha mãe morreu.


Foi um perí­odo horrí­vel. Meu pai, Di e eu ficamos desolados; ela só tinha quarenta e cinco anos e nunca tínhamos imaginado, provavelmente porque não podí­amos suportar pensar na idéia, que ela podia morrer tão jovem. Lembro-me de sentir como se um trator passasse sobre o meu peito, literalmente uma dor no coração.


Nove meses depois, deseperada para me afastar por um tempo, fui para Portugal, onde arranjei emprego ensinando inglês num instituto de lí­nguas. Levei comigo o manuscrito ainda crescente de Harry Potter, com esperança de que as minhas novas horas de trabalho (dava aulas à  tarde e à  noite) me permitissem prosseguir com o livro, que tinha mudado um bocado desde a morte de minha mãe. Agora, os sentimentos de Harry sobre seus pais mortos tinham se tornado muito mais profundos, muito mais reais. Em minhas primeiras semanas em Portugal escrevi meu capí­tulo predileto de “A Pedra Filosofal: O Espelho de Ojesed”.


Tinha esperado que ao voltar de Portugal já traria um livro pronto embaixo do braço. Na verdade, levava algo ainda melhor: minha filha. Tinha conhecido e casado com um homem português, e apesar do casamento não ter dado certo, ele me deu a melhor coisa da minha vida. Jessica e eu chegamos a Edimburgo, onde minha irmã Di estava morando, bem a tempo para o Natal de 1994.


Pretendia começar a ensinar de novo e sabia que, a não ser que eu terminasse o livro logo, poderia não acabá-lo nunca; sabia que ensinar em tempo integral, com toda a avaliação e a preparação de aulas, ainda por cima tendo que cuidar sozinha de uma filha pequena, me fariam não ter absolutamente nenhum tempo livre. Então me atirei no trabalho numa espécie de frênesi, com a firme determinação de acabar o livro e pelo menos tentar publicá-lo. Sempre que Jessica dormia em seu carrinho eu entrava no café mais próximo e escrevia como uma louca. Escrevia quase toda noite. Depois tinha de datilografar tudo eu mesma. Cheguei por vezes a odiar o livro, mesmo quando o amava.


Finalmente ficou pronto. Pus uma bela capa de plástico nos três primeiros capí­tulos e os enviei a um agente, que os devolveu tão depressa que devem ter sido mandados de volta no mesmo dia em que chegaram. Mas o segundo agente que tentei respondeu e me pediu para ver o resto do manuscrito. Foi de longe a melhor carta que jamais recebi na minha vida e só tinha duas frases.


Demorou um ano para o meu novo agente, Christopher, encontrar um editor. Muitos recusaram. Então, finalmente, em agosto de 1996, Christopher me telefonou e me contou que a Bloomsbury tinha “feito uma oferta”. Não pude crer nos meus ouvidos. “Vocêª está dizendo que vai ser publicado?” perguntei meio tonta. “Vai ser publicado de verdade?” Depois que desliguei, comecei a berrar e pular; Jessica, que estava sentada no seu cadeirão saboreando chá, olhou completamente assustada.


E vocês provavelmente sabem o que aconteceu a seguir.”


Essa biografia foi feita pela própia Jo, e foi publicada em seu site oficial.


Próxima semana continuo o próximo capítulo dessa história.=D Comentem!! É divertido interagir com outros fans, até semana que vem. ^^


"Com o lançamento e uma crítica positiva publicada em um jornal, JK Rowling chama a atenção de produtores cinematográficos para dar vida ao seu livro..."

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