Daniel Radcliffe, o interprete de Harry
Potter, concedeu uma entrevista à revista
americana Parade, onde fala sobre sua
carreira, seu namoro com Rosie Coker, seu
antigo vício em álcool e vários outros
assuntos. Veja toda a entrevista
abaixo!
"Eu aceitei isso e é um alívio fazer um filme
[The Woman in Black] que jamais chegará
ao sucesso da série [Harry Potter]. Mas acho
que ninguém vai conseguir", disse ele, aos
risos. "Se isso acontecer, deve demorar
muito tempo."
NAMORO
Durante os dez anos em que atuou na
franquia cinematográfica, Radcliffe ainda
protagonizou a peça Equus, em que
aparecia completamente nu. Sobre a vida
pessoal, ele comentou que está
completamente apaixonado pela namorada,
Rosie Coker. "Quando ela está ao meu lado,
cada dia parece melhor... Eu não sou uma
pessoa amável. Eu consigo ser um bom
namorado, mas na maior parte do tempo
sou desnecessário", comenta.
Radcliffe se descreve como um cara
obcecado, que fala sem parar e é
desorganizado. Apesar disso, afirma que
desde agosto, quando começou o
relacionamento, Rosie sempre esteve lá
para lhe dar apoio.
VÍCIO EM ÁLCOOL
O ator conta que se livrou completamente
do vício e que usava as bebidas como
forma de fugir de sua fama, mas
reconheceu o problema antes que, de fato,
ele começasse a lhe dar dor de cabeça. "Eu
já trabalhei com Richard Harris, Gary
Oldman, todos esses atores que me
deixavam loucos quando eu era jovem. Eu
sempre quis fazer isso. E amava a ideia de
ter uma vida de famoso, caótica. Apesar de
tudo, o jeito que eu lidei com isso não era
apaixonante. Não havia nada de glorioso
ou triunfante. Eu era patético, entediante e
infeliz", diz ele.
HARRY POTTER
"Eu ganhei tanto dinheiro com esses filmes
que me sinto ridículo. Se alguém me
perguntasse: 'Você honestamente pensa
que merecia essa grana?' Não, eu não
merecia, mas aceitei mesmo assim. Eu
acabei por ter sorte de entrar nessa
indústria que paga quantias inacreditáveis
por nada. Essa é a realidade. Eu me sinto
quase culpado por ter ganhado tanto como
Potter. Eu acordo de manhã no meu
apartamento em Nova York, faço dois
shows no teatro e fico pensando em outros
atores que não sabem se terão dinheiro
para atravessar a semana", cita ele, dizendo
que esse foi o motivo para ele começar a
contribuir em projetos sociais,
especialmente àqueles que ajudam a causa
LGBT.
SOBRE DEFENDER CAUSAS GAYS
"Eu percebi que muita gente tem problemas
com sua sexualidade e isso é algo estranho
para mim. Quando eu era criança, eu
sequer comentava disso. Nunca me
explicaram que isso existia. Era sempre
algo do tipo: 'Esse é o Mark e ele é gay'.
Mark era um amigo de meu pai que tinha
um namorado e não uma namorada. Na
época eu tinha cinco anos e nunca me
importei. Para mim era perfeitamente
normal, assim como é hoje em dia. O que
me deixa maluco é ver gente fazendo
declarações ignorantes, trazendo a religião
para o tema. Por que haveria um Deus lá
em cima escolhendo quem deve entrar no
seu paraíso? Não faz nem sentido!",
desabafa.
O ator não chegou a comentar a fama de
homossexual, já que, na época que "Harry
Potter e as Relíquias da Morte - Parte II", a
imprensa especulou que ele teria arranjado
a namorada para tentar se manter no
showbusiness.